Blog
Como o DataViva pode ajudar na comunicação pública da ciência?
A plataforma DataViva foi apresentada na última quinta-feira, 2 de junho, no II Fala Ciência - Curso de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, realizado pela Rede Mineira de Comunicação Científica (RMCC), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e da Secretaria de Estado de Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). O evento teve a participação de 90 pessoas, entre pesquisadores, divulgadores da ciência, estudantes e profissionais da área de comunicação e de diferentes áreas científicas de Minas Gerais e do Brasil.
Entre falas sobre inovação, empreendedorismo, recepção pública da ciência e recursos e possibilidades de uso das plataformas digitais para comunicar a ciência, o DataViva se apresenta como alternativa à busca, interpretação e visualização de dados na produção de conteúdos sobre ciência. A ferramenta oferece milhões de informações atualizadas, de cinco grandes bancos de dados: a Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego; o Banco de Dados da Secretaria de Comércio Exterior; o Censo Escolar; o Censo do Ensino Superior; e o Banco de Dados Estatísticos de Comércio de Produtos das Nações Unidas.
O uso de dados, informações e estatísticas oficiais faz parte do processo de produção da comunicação pública da ciência. São elementos que interessam para a contextualização da produção científica, auxiliando na apuração e na elaboração de conteúdo. Além do fácil acesso a esse tipo de informação, o DataViva ainda permite o cruzamento de dados e a visualização em gráficos que podem ser utilizados de forma indireta ou direta por jornalistas e divulgadores de ciência.
Confira cinco exemplos de dados e visualizações possíveis na plataforma:
1. Visualização geral do perfil de produtos. Na imagem, é possível ver valores e informações sobre a balança comercial, importações e exportações de produtos odontológicos no Brasil.
2. Expandindo as informações sobre o produto, é possível ter acesso a visualizações das exportações e importações em mapas, do país, de estados e de municípios.
3. O DataViva traz valores organizados para produtos nas visualizações de estados e municípios: exportações, importações e indicadores estratégicos.
4. O TreeMap é uma visualização que pode ser encontrada para diversas informações disponíveis no DataViva. Ele organiza os dados em porcentagens e em diferentes níveis de agregação (região, estado, mesorregião, microrregião e município).
5. O gráfico de evolução traz os dados em uma linha de tempo, com as informações para cada ano que a plataforma disponibiliza.
II Fala Ciência
A primeira palestrante do II Fala Ciência foi Juliana Saldanha, farmacêutica com MBA em Comunicação e Marketing Digital. A sócia-fundadora do Techmall, aceleradora de startups, falou sobre inovação, empreendedorismo e tecnologia, mostrando as possibilidades e os cuidados ao produzir conteúdo sobre o setor. Em seguida, a professora de Jornalismo Online da UNI BH e doutora em Comunicação Social, Lorena Tárcia abordou as ferramentas digitais na cobertura de ciência, mostrou cases e possibilidades a serem exploradas.
Na segunda parte do curso, o biólogo, doutor em microbiologia e comunicador da ciência, Atila Imarino, falou sobre as plataformas digitais como meios para dar visibilidade a conteúdos de CT&I. Ele compartilhou experiência do Canal Nerdologia e do blog Rainha Vermelha na cobertura científica e ressaltou a possibilidade de falar sobre um contexto que interessa o público pelo YouTube, fazendo da ciência um caminho e não o destino final.
Para finalizar, a doutora em Sociologia e Política e professora da UFMG, Valéria Raimundo abordou os estudos de recepção pública da Ciência. Após a apresentação dos quatro módulos do curso, o portal do Sistema Mineiro de Inovação (Simi) e da plataforma DataViva foram apresentados por Fernando Lucena (Simi) e Matheus Fonseca (Simi) e Luiza Lages (DataViva) e Rafael Pessoa (DataViva).
