Em tempos de crise, um dos poucos setores que se salvou na economia foi o do agronegócio, que em 2015, mesmo com os gargalos de infraestrutura conseguiu crescer. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , o setor apresentou ano passado um crescimento de 1,8% em seu Produto Interno Bruto (PIB), comparado com 2014. Não há como negar que o carro chefe desse segmento foi a produção de soja, que em 2016 deverá ultrapassar as 100 bilhões de toneladas produzidas. Somente em março deste ano, as exportações da soja chegaram a um montante de US$ 2,9 bilhões, valor 32% mais alto do que no mesmo período do ano passado.
Não à toa, a soja ocupa a primeira posição em exportações no Brasil. Apenas em 2015, as vendas para fora do país renderam US$ 20.9 bilhões, representando variação de 12% em cinco anos. Para se ter uma ideia da força da soja, na segundo colocação de produtos que o Brasil mais exporta está o minério de ferro, que exportou um montante de US$ 14,0 bilhões.
O município no Brasil que mais exporta a soja é Porto Alegre – RS. A cidade gaúcha foi responsável por US$ 2,13 bilhões do total de exportação da soja. E o principal destino do produto foi a China. O país asiático comprou nada mais nada menos que US$ 15.7 bilhões, tendo como o preço médio da soja, US$ 9,77 o quilo. Abaixo, o gráfico retrata o destino das exportações de soja nos primeiros três meses deste ano.
Um outro ponto interessante é que um produto derivado da soja, o farelo da soja, ingrediente básico para composição de ração, também é um dos produtos que encabeçam a pauta de exportação brasileira. Está na 6ª posição em exportações no Brasil. Em 2015, as exportações renderam R$ 5.82 bilhões, representando variação de 0.04 em cinco anos. O município no Brasil que mais exporta o farelo de soja é Rondonópolis - MT. A cidade exportou no total US$ 787 milhões no ano passado.